domingo, 17 de novembro de 2013

Bolo de Mel e Limão


Os sabores e cheiros da infância ficam gravados na memória e acompanham-nos através dos tempos.
Lembro-me de rapar as taças dos bolos que a minha mãe e a minha avó faziam e de pensar que a massa era bem melhor que o bolo e que não percebia porque é que elas não me deixavam mais massa agarrada na taça.
E este bolo fez-me recordar momentos muito bons numa só fatia.

Ingredientes:

5 Ovos
100 g de Açúcar
125 g de Farinha
1 dl de Mel
1 dl de Azeite
1 Colher de Chá de Canela
1 Colher de Chá de Fermento em Pó
1 Limão

Preparação:

Batem-se as gemas com o mel, a canela e a casca do limão ralada.
Junta-se o azeite em fio e bate-se como se fosse para fazer maionese.
À parte, batem-se as claras em castelo com umas gotas de sumo de limão.
Aos poucos, mistura-se o açúcar, em pequenas porções, e bate-se muito bem até ficar como um suspiro.
Mistura-se o preparado anterior e coloca-se a farinha, envolvendo sem bater.
Deita-se a mistura em forma redonda untada com manteiga e polvilhada com farinha e leva-se ao forno médio.
Quando passar 30 minutos faça o teste do palito, se estiver bom desenforme e está pronto a comer.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Sábio Mestre

Li este conto e gostei por isso partilho contigo.


Há muito tempo atrás, havia um mestre que vivia junto com um grande número de discípulos em um templo arruinado.
Os discípulos sobreviviam através de esmolas e doações conseguidas numa cidade próxima.
Logo, muitos deles começaram a reclamar sobre as péssimas condições em que viviam
Em resposta, o velho mestre disse um dia:
- "Nós devemos reformar as paredes do templo. Desde que nós somente ocupamos o nosso tempo estudando e meditando, não há tempo para que possamos trabalhar e arrecadar o dinheiro que precisamos. Assim, eu pensei numa solução simples"
Todos os estudantes se reuniam diante do mestre, ansiosos em ouvir suas palavras.
O mestre disse:
- "Cada um de vocês devem ir para a cidade e roubar bens que poderão ser vendidos para a arrecadação de dinheiro. Desta forma, nós seremos capazes de fazer uma boa reforma em nosso templo".
Os estudantes ficaram espantados por este tipo de sugestão vir do sábio mestre.
Mas, desde que todos tinham o maior respeito por ele, não fizeram nenhum protesto.
O mestre disse logo a seguir, de modo bastante severo:
- "No sentido de não manchar a nossa excelente reputação, por estarmos cometendo atos ilegais e imorais, solicito que cometam o roubo somente quando ninguém estiver olhando. Eu não quero que ninguém seja pego".
Quando o mestre se afastou, os estudantes discutiram o plano entre eles.
- "É errado roubar", disse um deles,
"Por que nosso mestre nos solicitou para cometermos este ato ?".
Outro respondeu em seguida:
- "Isto permitirá que possamos reformar o nosso templo, na qual é uma boa causa".
Assim, todos concordaram que o mestre era sábio e justo e deveria ter uma razão para fazer tal tipo de requisição.
Logo, partiram em direção a cidade, prometendo coletivamente que eles não seriam pegos, para não causarem a desgraça para o templo.
- "Sejam cuidadosos e não deixe que ninguém os veja roubando", incentivavam uns aos outros.
Todos os estudantes, com exceção de um, foram para a cidade.
O sábio mestre se aproximou dele e perguntou-lhe:
- "Por que você ficou para trás?".
O garoto respondeu:
-"Eu não posso seguir as suas instruções para roubar onde ninguém me esteja vendo. Não importa aonde eu vá, eu sempre estarei olhando para mim mesmo. Meus próprios olhos irão ver-me roubando".
O sábio mestre abraçou o garoto com um sorriso de alegria e disse:
- "Eu somente estava testando a integridade dos meus estudantes e você foi o único que passou no teste!"

Após muitos anos, o garoto se tornou um grande mestre.